Pretérito imperfeito
Eis o sujeito do passado presente,
e do futuro imperfeito;
sei que estive ausente,
e que não tinha o direito;
por quanto o que eu posso dizer,
se a virgula não deixou;
e como posso rescrever,
o que a borracha apagou?
Se vida fala, então diga o que quiser,
qual será o passado do amor;
que a vida diga o que eu não dizer,
que se baseia no sujeito da dor.
Se o ponto pergunta e o hífen fala,
então responda o que vou escrever;
se um ponto termina e o outro exclama,
quem apagou foi eu ou foi você?
como eu posso ler,
o que o corretivo selou;
como posso escrever,
se a caneta falhou;
como posso eu ter que esquecer,
quem um dia meu coração amou.
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